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domingo, 19 de junho de 2016

Nossa história

Olá pessoal,

O blog é sobre autismo, mas eu queria me apresentar pra vocês.
Eu sou a Juh, sou de São Paulo, capital.
Vim pro Japão faz 9 anos, e com 1 anos que estava aqui acabei engravidando do primeiro filho, ele nasceu no Japão, o Matheus. Não demorou muito logo engravidei do Lucas. Eu era mãe de primeira viagem grávida do segundo filho, loucura né?!
Logo quando o Matheus nasceu não foi fácil, com 2 meses ele apresentou uma febre muito alta que nos deixou muito preocupados, mãe de primeira viagem, fui pesquisar na internet as milhares de hipóteses, no dia seguinte levamos ao médico, para nossa surpresa por ele ser um recém-nascido precisou ficar internado, vários exames depois constataram que ele tinha uma infecção urinária, que não é tão comum em meninos, (segundo minhas pesquisas na internet).

Ele se curou e o médico mandou ficarmos de olho, não demorou muito ele voltou a ter febre, com 5 meses uma nova internação.


O médico não sabia a causa, e nós muito menos.
Com 1 ano Matheus teve uma nova febre, seguida de uma convulsão, novamente levamos ao médico é uma nova internação, já não aguentava mais essa situação, não sabíamos o que estávamos fazendo de errado, nessa época o Lucas já tinha nascido. Ficava em casa com o pai, enquanto eu ficava no hospital, ao total foram 5 internações, até transferirem o caso dele para um hospital faculdade, finalmente depois de vários exames, constataram que ele tinha o canal urinário invertido, e que precisaria tomar remédio até os 3 anos e se não melhorasse fariam uma cirurgia para o reparo do canal.
De 6 em 6 meses fazíamos exames muito invasivos nele, para que pudessem acompanhar a evolução, no último momento, próximo aos 3 anos dele fizeram um exame que seria o divisor de águas para saberem se iriam ou não fazer a cirurgia, para nossa surpresa inclusive do médico, ele estava 100% curado. 
Naquele ano, um pouco mais tarde eu receberia uma carta da escola, falando da suspeita deles sobre o autismo.
Desde o começo eu me sentia uma péssima mãe.
Por que meu filho vivia doente, com febre? Por que tantas internações? O que eu estou fazendo de errado? Sempre me fiz essas perguntas, e em seguida o diagnóstico. 
Não vou dizer que foi fácil, mas valeu a pena cada dia, isso fortalece a gente.
Eu olho pra trás e só vejo alguém forte que não desistiu de ver seus filho bem cuidados. 
Eu não sou a melhor mãe do mundo, tem dias que eu não quero cozinhar, tem dias que eu só penso na hora de dormir, abdiquei de batom e brincos por muito tempo. 
Mas com o tempo de descobri que eu sou real, e isso não dá pra mudar.



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